Postado por Marcos Assis | | Posted On sexta-feira, 3 de outubro de 2008 at 22:18

Artista – Secos e Molhados
Álbum – Secos e Molhados
Ano de lançamento - 1973

Existem grupos que passam e deixam uma marca, um estilo, algo a ser seguido. Nos anos 70 a repressão da ditadura era ferrenha, mas ao mesmo tempo a criatividade dos artistas era fantástica. Alguns dos melhores discos da música brasileira foram feitos nesse período.
Secos e molhados, de 1973, é perfeito artisticamente e musicalmente. Ney Matogrosso não era, e não é, apenas um cantor que empresta sua voz a uma música qualquer, ele interpreta, incorpora a atmosfera das letras como talvez ninguém consiga fazer. Gerson Conrad e João Ricardo acompanhavam a genialidade de Ney, tanto em vocalizações como na parte instrumental.
A banda pintava os rostos, usava roupas extravagantes, chamava a atenção pela criação artística que envolvia suas apresentações e assustava o moralismo da sociedade brasileira naquela época. A capa do CD já é um espetáculo, todos os integrantes da banda com suas cabeças expostas em bandejas sobre uma mesa. Ela foi eleita a melhor capa de disco brasileira, numa pesquisa encomendada pelo jornal Folha de São Paulo em 2001.
Sangue Latino, O Vira, Rosa de Hiroshima, Fala, são todos clássicos belíssimos. A banda fez uma apresentação histórica em 1974 no Maracanãzinho lotado com filmagem da Rede Globo e a presença mídia em geral acompanhando, numa época em que não existia nenhuma histeria no Brasil com bandas de rock.
Uma lenda diz que o Secos e Molhados teria sido o primeiro grupo a pintar os rostos, e não o Kiss. Gene Simmons, baixista do Kiss, teria visto uma apresentação da banda brasileira e copiado as máscaras.
Verdade ou não o fato é que mais de 30 anos depois de sua separação, o Secos e Molhados continua atual e genial em suas criações.


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Postado por Marcos Assis | | Posted On at 15:00

Artista – Rush
Álbum – Signals
Ano de lançamento - 1982

“Power trio” é uma expressão no mundo musical usada para designar uma reunião de três músicos talentosos. Podemos citar o The Police e o Cream de Eric Clapton como exemplos. O Rush está nessa categoria. Geddy Lee baixo, sintetizadores e vocais, Alex Lifeson guitarras e o espantoso Neil Peart na bateria e percussão, um dos mais respeitados músicos do mundo, deram uma guinada na carreira a partir de Signals, passando a utilizar muito mais o teclado, que em vez de poucas intervenções no fundo das músicas, começou a ter mais espaço, com arranjos bem tramados.
Um exemplo disso é a música que abre o álbum, Subdivisions, o teclado faz a introdução com peso, notas graves, antecedendo a bateria que leva a música a crescer aos poucos, até o vocal de Lee.
Countdown foi escrita em homenagem ao ônibus espacial Columbia, depois de terem assistido ao seu primeiro lançamento em cabo Kennedy. Chemistry, Digital Man e The Weapon também são fantásticas. As letras do Rush têm muita inspiração em ficção científica, paixão de Lee e Peart. Falar do virtuosismo dos integrantes é chover no molhado, mas em alguns momentos é impossível não se impressionar, como no solo de Subdivisions.
Em 2002 o Rush gravou o DVD Rush in Rio, no estádio do Maracanã lotado. Registro fantástico diante de mais de 40.000 pessoas.
Virtuosismo nem sem sempre é bem-vindo, pois o músico tende a querer mostrar suas qualidades extraordinárias de compasso em compasso, cansando o ouvinte. No caso do Rush ele é muito bem utilizado, sem exageros.


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