Postado por Marcos Assis | | Posted On quarta-feira, 29 de abril de 2009 at 01:57

Artista – Depeche Mode
Álbum – Violator
Ano de lançamento - 1990


O que hoje é chamado de música eletrônica, nos anos 80 era chamado de tecnopop.
Mais trabalhado, com guitarras, criatividade e músicos de verdade, não era apenas uma programação no computador feita por qualquer um, eram canções feitas por músicos, o que faz uma diferença gigantesca.
O Depeche Mode, banda inglesa formada na cidade de Essex, em 1980, é até hoje o principal grupo desse movimento.
Violator, lançado em 1990, é considerado por muitos a obra prima da banda. Não à toa, pois estão ali clássicos como Personal Jesus, Policy of Truth e a fantástica, sensacional, vou parar aqui com os adjetivos para não cansar o leitor, Enjoy the Silence.
Se você tem mais de trinta anos, ou costuma ir além do que toca nas rádios atualmente, já deve ter ouvindo essa música em algum momento de sua vida. “Tudo o que eu sempre quis, tudo o que eu sempre precisei, está aqui em meus braços, palavras são totalmente desnecessárias, elas podem só machucar”.
Dave Gahan (vocalista) e Martin L. Gore (tecladista e guitarrista) são os mentores do Depeche, criando praticamente todas as músicas.
Usando a tecnologia a favor da música, dentro de uma estrutura que tenha um acorde menor, um acorde diminuto, enfim, criado por músicos, o Depeche se mantém vivo até hoje, quase 30 anos depois de formada a banda.



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Postado por Marcos Assis | | Posted On quinta-feira, 9 de abril de 2009 at 15:31


Artista - The Jesus and Mary Chain
Álbum – Psychocandy
Ano de lançamento - 1985

Microfonia a serviço da arte. No meio musical microfonia é aquele barulho irritante que um microfone faz quando está muito alto, ou uma guitarra faz quando fica muito perto do amplificador. Desde o Velvet Underground, banda de Lou Reed e John Cale, uma banda não fazia tanto “barulho” assim.
O Jesus and Mary Chain, banda escocesa dos irmãos Jim e Willian Reid, lançou Psychocandy, seu álbum de estréia, em 1985. Era totalmente diferente de tudo que era feito na época, exceção feita talvez ao Sonic Youth, banda americana que sempre usou microfonias em suas músicas.
Just Like Honey, dá o tom do disco. Uma base melancólica dedilhada na guitarra, distorção de dois pedais Fuzz usados juntos, vocais quase chorosos, uma bela canção, uma bela e simples melodia, presente até hoje nos shows do Jesus.
Essa calmaria some no começo da segunda faixa, The Living End. Na época chamavam essa configuração de guitarras do Jesus de “parede sonora” tal a força com que entravam nas músicas. Taste of Cindy, Never Understand e a fantástica You Trip Me Up seguem a mesma linha.
Willian declarou algum tempo depois que ele e o irmão sabiam tocar apenas quatro acordes nessa época, e que aprenderam mais alguns posteriormente...
Os álbuns seguintes do Jesus flertaram com batidas mais “eletrônicas” em Automatic, com baladas ao violão em Stoned and Dethroned, mas sempre mantiveram essa chama que deu fama a banda, provando que tudo é música, até barulhos aparentemente indesejáveis como a microfonia, basta saber usar.



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Postado por Marcos Assis | | Posted On at 15:28


Artista – Nirvana
Álbum – Nevermind
Ano de lançamento - 1991

Os anos 90 foram uma espécie de década perdida para o rock. Inundado de bandas descartáveis, música eletrônica e playbacks. Instituiu-se de forma definitiva o formato “bandas com quinze minutos de fama”, previsto pelo artista plástico Andy Warhol há trinta anos.
Eis que, lá por 1991, surgiu uma música que fugia desse padrão anos 90, uma mistura de rock, punk com um riff e um refrão que grudavam no cérebro. “With the lights out it's less dangerous. Here we are now entertain us. I feel stupid and contagious. Here we are now entertain us. A mulatto, an albino, a mosquito, my libido”. Smells Like Teen Spirit, de uma banda desconhecida de Seattle, o Nirvana. Caras usando blusas de flanela xadrez, gorros, bermudas de skatista, começavam a tomar conta do mundo. Era o Grunge, último grande movimento a mudar a face do rock. Existe uma lenda que fala que quando o rock está estagnado, sem força, sem mais nada para inventar, surge um novo movimento que torna pó o que está sendo feito e cria uma nova página na história da música. Viagens a parte, o Grunge provocou essa mudança, que tinha acontecido pela última vez no final dos anos setenta, com o punk. O cd todo foi um sucesso, Come as You Are, Polly, In Bloom, inundaram os ouvidos de que não agüentava mais tanta mesmice.
Kurt Cobain, guitarrista e vocalista do Nirvana, era o típico rocker. Drogas, álcool e confusões faziam parte de seu dia a dia. Não gostava de entrevistas, não gostava do palco, não gostava de ser líder da banda mais importante do mundo, naquele momento.
A apresentação do Nirvana no Hollywood Rock em 1993, no Rio de janeiro, foi uma das mais conturbadas da banda. Kurt passou o show todo vestido de mulher, tocou várias músicas pela metade, cuspiu nas câmeras da Rede Globo e se masturbou na frente de uma delas. A Globo imediatamente tirou a transmissão do ar, colocando a reprise do show da banda paulista Dr. Sin no lugar. Típica atitude Global... João Gordo, VJ da MTV, acompanhou a banda em sua passagem por São Paulo. Falando sobre o astro Grunge, Gordo declarou: “Kurt era muito depressivo, não ria nunca e só queria saber de heroína. O resto do pessoal ficava na dependência dele e da louca da Courtney Love (mulher de Cobain). O que ele fizesse estava bom para todo mundo, pois era quem mandava lá". Courtney também é um caso à parte. Comenta-se que foi ela quem apresentou a heroína a Cobain, e teria contribuído muito para a decadência do marido. É chamada por alguns fãs de Yoko Ono do Nirvana.Yoko era a mulher de John Lennon, dos Beatles, e foi uma das maiores causas da separação da banda.
O Nirvana lançou mais três álbuns depois de Nevermind, tornando-se ainda mais popular em todo o mundo. Kurt Cobain foi encontrado morto em sua casa, em Seattle estados Unidos, em cinco de abril de 1994. A versão oficial é que ele cometeu suicídio com um tiro na cabeça.



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Postado por Marcos Assis | | Posted On at 14:59


Artista - Nick Cave and the Bad Seeds
Álbum - The Boatman’s Call
Ano de lançamento - 1997

Nick Cave é um artista, na pureza da palavra. Toca piano, compõe e canta. Sua voz é peculiar, grave e soturna. Sua interpretação é teatral, incorporando as letras de suas músicas. Exibe sempre um ar misterioso, usa ternos escuros, não costuma aparecer muito na mídia. Cave é um músico extravagante. Ele sua banda, os Bad Seeds, chegaram a gravar um álbum em que todas as músicas falavam de serial killers, Murder Ballads.
The Boatman’s Call é um álbum envolvente. A mistura que a banda faz entre jazz, folk e rock é intrigante, pois soa única, você ouve e sabe que é Nick.
Into my arms é a música que abre o álbum. Levada ao piano é um pano de fundo perfeito para Cave despejar seu lirismo, “Eu não acredito em um deus intervencionista. Mas eu sei meu amor, que você acredita”, canta.
Lime Tree Arbour é construída no baixo, com o piano fazendo intervenções climáticas e um órgão Hammond simulando um som sacro, de igreja. “The Boatman calls from the lake. A lone loon dives upon the water. I put my hand over hers. Down in the lime tree arbour.” There is a Kingdown, Idiot Prayer também se destacam num cd cheio de belas canções.
As melodias do álbum são desenhadas no piano, com um acompanhamento quase percussivo da bateria e poucas intervenções dos outros instrumentos, criando uma atmosfera intimista perfeita para Cave sobrepor seu vocal.
O termo “canção” está meio fora de contexto atualmente em meio a tantos artistas sem conteúdo. Nesse álbum, Nick Cave and the Bad Seeds conseguem juntar riqueza nas melodias, lirismo e agressividade nos vocais, em belas e tocantes canções.


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