Postado por Marcos Assis | | Posted On domingo, 26 de setembro de 2010 at 15:50

Artista – Legião Urbana
Álbum – Dois
Ano de lançamento - 1986
Falar da Legião Urbana é falar sobre Renato Russo. Um dos poucos letristas do rock nacional que demonstrava conteúdo nas suas palavras, no seu pensamento, talvez o melhor deles, Renato tem, até hoje, uma legião de fãs, num trocadilho idiota. Mas a Legião não era só isso. A parte instrumental da banda era simples, mas muito bem construída. Dado Villa-Lobos, com um estilo a la Johnny Marr, guitarrista do The Smiths, tinha uma forma peculiar de tocar, encaixando dedilhados e harmônicos milimetricamente nas músicas. O baixista Renato Rocha e o baterista Marcelo Bonfá completavam a cozinha da banda, discreta, mas eficiente. No começo a banda se chamava “Aborto Elétrico”, e contava com Dinho Ouro-Preto, hoje vocalista do Capital Inicial. É impressionante a quantidade de boas bandas que a cidade de Brasília produziu no anos 80, a maioria com influências punk. Plebe Rude, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Finis Africae e Detrito Federal são algumas delas. “Dois” foi um divisor de águas no rock brasileiro e vendeu mais de um milhão e duzentas mil cópias. O disco se chamaria Mitologia e Intuição, mas o nome acabou sendo vetado pela gravadora. Praticamente o álbum todo fez sucesso. Até músicas consideradas de difícil aceitação comercial, como “Eduardo e Mônica”, com suas letras quilométricas, caíram no gosto do público em geral. Ali também estão alguns dos hinos da geração 80, como “Tempo perdido”, “Quase sem querer” e “Índios”. Renato era um espírito inquieto. Seus romances homossexuais, seu envolvimento com álcool e drogas e seu temperamento difícil eram folclóricos. Filho de um diplomata, sempre teve gosto pela leitura. A sua forma de se comunicar através de suas letras era única. Qualquer pessoa que tenha mais de trinta anos possui uma história pra contar onde alguma música da Legião serviu como pano de fundo. Renato faleceu em 1996. A causa de sua morte nunca foi divulgada oficialmente, mas especula-se que ele tenha sido vítima da AIDS.
Amigo, gostei da sua "resenha", porém você citou equivocamente o baixista da Legião Urbana como "Renato Machado" quando na verdade o nome correto é "Renato Rocha", vale citar também que além da influência do guitarrista dos Smiths, o guitarrista Dado na verdade se inspirou em "The Edge" do U2 para executar harmônicos, isso fica mais evidente já no primeiro disco, mais precisamente na canção "Ainda é Cedo", no disco em questão ele também usa esta técnica como em "Tempo Perdido". Você citou a música "Faroeste Cabloco" transparecendo fazer parte do disco "Dois" porém ela faz parte do terceiro disco "Que País é Este", e para finalizar, ficou bem claro e confirmado, inclusive declarado em entrevista pelo seu médico na época que Renato Russo veio a falecer vítima decorrente em complicações por causa do vírus da AIDS, é isso aí, um abraço.
Corrigido Fábio, você está certo.
Quanto à influência, The Edge também tem esse estilo, mas acho que o som da Legião tem bem mais influência dos Smiths. Abraço.